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Esperamos saciar a fome de saber receitas simples, dicas de culinária e trocando experiências de quem nos visitar!

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Uma manhã na cozinha do Arroz soltinho...

E uma comidinha caseira, bem temperadinha, com um toque de criatividade. Ao mesmo tempo em que cozinhava para os humanos, um bom carreteiro de pelancas era feito para a cuscarada.

Vamos lá. Como minha esposa tinha reunião na empresa no sábado (13.10.2012) pela manhã, já saiu dando ordens com muito jeitinho: - E quando voltar quero comida pronta e bem gostosa! Como com as patroas a gente  só pode usar 4 letras - O B D C -, não deu para escapar e fiquei envolvido não só com o Rango do meio-dia como também o grude dos vira-latas.

O que fazer, fazer o quê? Pensa daqui, pensa dali, o almocinho para meu docinho começou pegar forma. Tem batatas? Tem batatas. Tem carne? Tem carne. Tem feijão? Pronto não. Tem arroz? Tem arroz pronto.
Salada tem? Sobrou uma salada de abobrinha italiana. Tem pepinos e cebolas cozidos já conservados anteriormente. Bueno, que dá para fazer com isso? Dá para fazer bem bonitinho para agradar o benzinho? Dá. Então mãos à grande obra!

Pica-se duas chuletas retirando-se, logicamente, os ossos. Esses vão para a panela dos cachorros junto com as pelancas compradas para esse fim e que estavam congeladas.  Antes de cozinhar fritando a carne picada, uma fritura nas batatas descascadas e cortadas de um a dois centímetros. Nos dois lados. Coloca-se as fatias e um pouco de tempero misto em cima. Vira-se e repete-se o tempero no lado já pronto. Reservam-se as batatas.
Aqui as batatas já fritas e devidamente reservadas.
Começamos a trabalhar o picadinho de carne.



Bem fritinhas com tempero misto a gosto.
Enquanto isso, as pelancas estão descongelando no panelão.


Por enquanto ainda inteiras, aos poucos as pelancas vão descongelando. Note-se que restos de legumes usados no cosimento da comida dos humanos, vem também para a panela: cascas de cebolas e batatas.


Cebola e alho bem picadinhos juntam-se à carne e deixa-se fritar até que fiquem no ponto de molho. Acrescente-se molho de tomate pronto, por que o valor do próprio tá pela hora da morte.


Uma dose generosa de molho de tomate, um pouco d'água e...


Acrescente as batatas anteriormente  reservadas... deixa-se ferver concluindo o cosimento  das  mesmas!

Enquanto isso no panelão dos au-aus picamos as pelancas para melhor distribuir entre os vários membros da comunidade. 
Bem fritinhas, acrescentamos o arroz para cães e a água farta que tape o material todo com sobras.
Desligamos a panela do prato principal e acrescentamos o adobo, para dar-lhe um sabor especial.


Sem palavras...


Cortam-se as cebolas e os pepinos e juntam-se à sobra da abobrinha cosida.
Renova-se os temperos (azeite de oliva, sal e vinagre balsâmico)


Um arroz e feijão básico mas com muito amor...

Um pouco de vinho para mim e uma cervejinha para meu amorzinho...
pois que ninguém é de ferro...


E um rico carreteiro de pelanca para meus cuscos..



Parafraseando o cara aquele da telinha: que mais posso dizer? Inté a vorta!

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Carreteiro de Capincho

Antes de mais nada, minha admissão de culpa. Sou culpado por comer um pedaço de capincho mas como bom blogueiro, não admitirei, nem sob tortura, quem me forneceu o petisco. De há muito luto pelo aproveitamento comercial de espécies nativas com o fito de PRESERVÁ-LAS. Só estão preservados, hoje, os animais domesticados, com potencial comercial e que o foram para usufruto do hominídeo chamado Homo Sapiens. Os que não foram eleitos como tal, seguem na lista ou já foram extintos. Não afrouxar, com controle, a criação dos chamados animais silvestres poderá levá-los à extinção, já que somente apadrinhados endinheirados podem e conseguem licença para criá-los. Não estou falando em caça indiscriminada, nem em caça. Mas em criação doméstica de animais. Como o foram o Cavalo, a Vaca, o Porco, a Galinha... Vejam o exemplo de outros países: Codornas, Canários, calopsitas, Periquito Australiano, Faisões, animais selvagens de outros países, eternizados no Brasil! Para mim a proibição pura e simples é o caminho mais curto para a extinção e o meio mais fácil de gerenciar um problema que pode se agigantar num futuro bem próximo.

Mas vamos ao acepipe. Assada no espeto, a paleta de capincho - capivara macho  - o porco do mato dos pampas -  restou ainda com bastante carne em sua ossada. Resultado: um delicioso e molhadinho carreteiro de capincho.

Para saber como se prepara a carne do capincho para assá-la ou fazê-la na panela, consulte o blog http://blogdobentinhochurrasqueiro.blogspot.com.

Aqui partiremos da carne já amaciada e de certa forma já temperada e cozida.

Picamos a carne pré-assada, damos mais uma fritada, adicionamos alho, cebola, tempero misto, molho de tomate (o próprio está muito caro) e como já estava um pouco forte de pimenta, dispensamos o adobo.

Duas xícaras de arroz, duas xícaras de carne picada. Quatro xícaras de água. para iniciar o cosimento. Antes do arroz todo cozido (al dente) mais uma xícara de água e e tempero verde. Refeita a fervura esperamos uns 3 minutos e desligamos.
Bom apetite, eu já comi!

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Como ler uma caixa taxonómicaCapivara
Capybara Hattiesburg Zoo (70909b-42) 2560x1600.jpg
Estado de conservação
Classificação científica
Reino:Animalia
Filo:Chordata
Classe:Mammalia
Ordem:Rodentia
Família:Caviidae
Género:Hydrochoerus
Espécie:H. hydrochaeris
Nome binomial
Hydrochoerus hydrochaeris
(Linnaeus, 1766)
Distribuição geográfica
Hydrochoerus hydrochaeris range.png
Encontrada em certas áreas das Américas do Sul e Central, próximo a rios e lagos, acapivara (Hydrochoerus hydrochaeris), também chamada de carpincho e capincho, é o maior roedor do mundo. Alimenta-se de capins e ervas. Daí, a etimologia de seu nome: "capivara" procede do termo tupi kapi'wara, que significa "comedor de capim"[1]. Já "capincho" procede do castelhano platino capincho[2]. No Rio Grande do Sul, é também conhecida por bicho-papão ou orelha.

sábado, 18 de agosto de 2012

Cozinhando pepino.

Hein? Coméquié? Cozinhar pepino? É cozinhar pepino. Para quem gosta de conserva de pepino e quer uma comida mais saudável, faz esta conserva. Aliás, pode ser de vagens, cenoura e cebolinhas(cabeça). Fica com seu tempero, não tem conservantes, vais fazer conforme tua saúde permite em relação ao sal e ao açúcar.
Mais fácil não pode ser e não poderia ser diferente pois não gosto de coisas complicadas. Aprendi com cunhada Gricelda há muito tempo. Talvez ela nem lembre.

Primeiro faça a higiene do que você vai cozinhar. Lave bem e se tiver a preocupação de deixar na água com um pouco de água sanitária, deixe. Não vai mudar o sabor.
Com relação aos pepino, passe ao contrário uma faca de mesa para tirar os "espinhos" (protuberâncias que lembram um espinho), tire também algum defeito na casca, faça cortes em cruz nas extremidades. Coloque na panela em que vais cozinhar e meça com água quanto de líquido vais precisar. Um copo, dois copos, etc.. Retire da panela escoando. Coloque na panela a metade do líquido medido de água e metade de vinagre branco. Coloque uma colherinha de açúcar cristal e uma colher rasa de sal grosso. Incremente com pimenta de seu gosto, chimichurri, adobo, ervas de que goste a seu bel prazer. Coloque para ferver sem os pepinos. Quando iniciar a fervura, colocar os mesmos. Espere trocar de cor verde vivo para verde amarronzado (cor do pepino em conserva). Desligue, deixe esfriar e já estará pronto para servir.

Com as cenouras o que muda é o descasque através de raspagem e eu costumo fazer palitos finos. Muda o tempo do cozimento. Enquanto nos pepinos e na cebola, dura de 3 a 5 minutos dependendo do tamanho dos pepinos (pode fazer com qualquer tamanho) na vagem e na cenoura, vai de 7 a 10 minutos. Só não cozinhe demais para não perder a textura. O resto segue igual.
Por enquanto tenho só foto do produto pronto. Quando tiver das etapas, colocarei.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Sardinha de Biru - atualizado com fotos!


Biru – Wikipédia, a enciclopédia livre

pt.wikipedia.org/wiki/Biru
biru (Steindachnerina brevipinna) é um peixe existente apenas na América do Sul. 

Pois bem. No mês de Julho/2012, um de nossos açudes foi esvaziado para a limpeza da área de banho. Como sempre acontece, aproveita-se para fazer a despesca. Nos dias em que foi efetuada, aproveitei que a água estava bem baixa e com uma tarrafa, pesquei os birus que não vieram nas redes de malha grande. Note-se que pesquei somente os birus. Outros peixes que vieram, em sua maioria filhotes dos peixes que alcançam tamanho maiores, voltaram para a água. O interesse era pelos birus. O pessoal não acreditava que somente os peixinhos estavam na minha mira. Também não sabem as gostosuras que podem ser feitas com eles e com todos os peixes miúdos: lambaris, carás, joaninhas, sardinhas, etc.
Dentre elas (as gostosuras), a sardinha (conserva de peixe cozida em óleo e vinagre diferente da conserva em que se dá uma fritura leve e se conserva em óleo e vinagre) fica uma delícia e modéstia à parte, melhor que as verdadeiras enlatadas! Os espinhos desmancham e pode-se comer de boca cheia.

Primeiro passo é limpá-los bem lavando-se com água de limão. Escamar, tirar as nadadeiras, os rabos e cabeça. Abri-los pelo ventre até o ânus. Retirar as vísceras e lavar bem internamente.

Em uma panela de pressão, coloque os peixinhos até um pouco mais que a metade. Cubra com óleo e vinagre da álcool ou vinho branco. Meia colher de sopa rasa de sal grosso. Feche a panela e leve ao fogo. Após começar a ferver, conte 40 minutos e desligue deixando-a tampada.
Outros temperos são bem vindos como o chimichurri, adobo, pimenta a gosto.
Usa-se como a sardinha comercial: no pão, em sanduíches, em tortas frias, em molho com massa, em pizzas, etc.
Como fica. 

Com pão 12 grãos, tomate e creme de ricota!
Estão servidos?

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Improvisando uma boia! Carne na farofa!

Há mais ou menos 23 anos, saímos - Elton, Evandro, Dodô e eu - para uma pescaria em terras do João Pedro, meu vizinho. Terras baixas de arroz vizinhando com a Lagoa do Casamento e por onde entrava, terra adentro um canal muito piscoso. Batemos com as fuças na porteira. Estava trancada e o JP não estava. O Evandro lembrou de um outro fazendeiro, mais adiante, que conhecia o seu falecido pai e o falecido pai do Elton. Carneadores os dois, conheciam todo mundo daquelas paragens pelos negócios que faziam com gado.  Demos uma tentiada e nos apresentamos o proprietário. Conseguimos a pescaria. Fomos até a orla da lagoa e ficamos acampado perto de uma base de bomba de irrigação desativada onde tinha uma reentrância que serviria de fogão e churrasqueira. Já era meio da tarde, quando o pessoal saiu para colocação das redes, espinhéis e linhas de espera. Fiquei para arrumar lenha, ajeitar o acampamento e fazer um arroz carreteiro para esperá-los por volta das nove horas da noite.
Ao perguntar o que precisava levar, no dia em que marcamos a pescaria, o Dodô ficou de levar as coisas para o carreteiro, menos a carne. A carne foi comprada por mim. Uma peça inteira de vazio da costela. Comprei também, um pacote de farinha de mandioca, duas cebolas e três tomates pois gosto de uma salada para acompanhar o carreteiro. O carreteiro gosto de fazer só com a carne/charque e o arroz. Cada um levaria a sua bebida - canha, cerveja, vinho, etc. Juntei lenha, montei um toldo improvisado, arrumei um plástico preto como base da cama e coloquei, sem arrumar as cobertas. Fiz o fogo, coloquei dois espetos-grelha, um ao lado do outro e coloquei a chaleira para aquecer a água. Peguei um lambarizeiro e pesquei alguns lambaris para isca e posicionei cinco linhas de fundo.  Pelas oito da noite, coloquei a panela no fogo e fui procurar os mantimentos para o carreteiro.  Primeiro o óleo. Revirei todo o carro, nada. Bem não me aperto, pensei. Peguei a carne e limpei-a tirando o excesso de gordura e ia colocando na panela para obter a gordura indispensável para o carreteiro. Aproveitei e já piquei a carne em uma quantidade generosa.
Procurei o arroz. Nada. Me sentei com uma purinha do lado matutando o que fazer.
Já estava iniciado o cozimento da carne. Coloquei os tomates e a cebola  picados juntos com ela para dar um gostinho. Iria fazer o guizado com um molho pra comer com pão. Ironicamente, levaram um vidrinho com pimenta e alho no vinagre, cheguei a rir quando achei. O troço ia ficar pobre mas, gostoso. Procurei o sal, não tinha. Bueno tinha sal grosso. Dissolvi num copo com água quente e fui adicionando aos poucos.
Ao fim de tudo, olhei para a panela e vi que não mataria a fome de todo mundo.
As vezes temos a solução nas mãos e não nos damos conta. Ao levar o copo de canha à boca, meus olhos passaram pelo pacote de farinha de mandioca. Eureka! Vou engrossar o pirão! Isso dito, isso feito. Fui colocando aos poucos e mexendo até que ficou molhadinho mas consistente. Provei o sal, corrigi com mais água salgada, arredei a panela para um lado e fiquei saboreando uma caipirinha. Quando escureceu liguei o Lampião para servir de orientação ao pessoal me aboletei numa cadeira e esperei.
O cheiro está bom! O grito no meio da noite e os loucos-de-fome apareceram! Ao olhar a panela tiveram uma decepção e veio uma enxurrada de questionamentos. Por que não fez o carreteiro? Que bosta é essa?
Estamos loucos de fome e não tem comida. Respondi: vocês fazem a cagada e eu que pago o pato? Cade o arroz, o sal, o óleo? Foi o que deu para fazer! O Elton, o mais glutão de todos, não vou passar fome e serviu de duas colheres somente. Eu sabia o que tinha feito e me servi normalmente. Os outros ficaram resmungando. O Elton deu a primeira garfada, arregalou os olhos pra mim e disse: Tá bom!!!! Correu a servir-se mais. Os outros se animaram e serviram-se também. Modéstia a parte, tinha ficado excelente e por pouco não foi pouca boia.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Torta de Carne.

Pois na quinta feira passada a filhota mais nova e recém casada, veio nos visitar. Resolvi preparar um prato que aprendi com meu amigo e colega de serviço Gediel, há mais de 15 anos! Rocambole de carne. Modifiquei um pouco a receita e o formato e transformei em torta de carne! Mania de véio que quer inventar coisas novas em cima de coisas véias.

Como preservo minha saúde e sei que este prato é muito calórico, pelo menos num item consegui baixar o nível de gordura: no guisado. Comprei carne de primeira com osso que estava na promoção, desossei, tirei gorduras e aponevroses, moí e consegui um boi ralado de primeira qualidade. Uma arroz branco soltinho e salada de alface temperada com pouco sal, azeite de oliva e vinagre balsâmico pra completar e deixar filhotona contente.

Vejam a foto dessa maravilha:


Vamos à receita.

Torta de Carne.

1kg de guisado
1 pacote de sopa de cebola (sopa pronta em pó)
300 gr de presunto
300 gr de queijo mussarela
forma

Modo de fazer:
Misture bem o guisado com o conteúdo do pacote de sopa de cebola, amassando bastante para dar liga.
Deixe descansar uns 10 minutos para que o tempero aja.
Se for fazer rocambole, utilize um pedaço de plástico de sacola e espiche metade da carne de maneira que caiba na forma. Coloque uma camada de queijo e outra de presunto. Vá enrolando com o auxílio do plástico. Repita com a outra metade. Unte com óleo uma forma ou prato refratário e coloque os dois rocamboles. Asse em forno inicialmente alto e depois no forno médio - 20 minutos cada. Estará pronto.

Se for fazer a torta, fica mais fácil ainda: unte a forma ou prato refratário e espiche a metade da carne no fundo do mesmo. Cubra com uma camada de queijo e outra de presunto. Por cima espiche a outra metade e repita a colocação dos frios. O mesmo tempo para assar.

Alternativas:
Ao invés de sopa de cebola tempere ao seu gosto e imaginação. Gosto por exemplo de temperá-lo como se fosse fazer almôndegas, com alho, tempero verde, tempero pronto e chimichurri.

Gosto de fazer uma "cama" com rodelas de tomate e cebola.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Peito de frango guizado ao molho do Carvalho

Perguntaram-me  por que coloco sempre uma historinha junto com as receitas. Primeiro como não sou Chef, nem Gourmet, não tenho a pretensão de criar receitas ou transmitir novas técnicas culinárias. Faço o "trivial variado" quando estou de bom humor. Muitas e muitas vezes não dá certo e nas próximas vezes tento acertar e isso é que o gostoso. Outras vezes acerto muito bem e a turma de meu convívio me pede para faze-lo de novo e aí sai uma porcaria. Para ser Chef  há que ter uma constância. Segundo, como o blog é um espaço para comunicação com alguns poucos amigos, trago uma velha tradição de uma família de contadores de causos. É isso que tento fazer para que as invenções fiquem mais saborosas e mais palatáveis.
Ontem foi um dia especial, estava com vontade de cozinhar e desobriguei a patroa do afã culinário. Na verdade foi uma troca, fiz a comida em troca da lavagem de louça. A patroa queria massa parafuso, arrozinho branco soltinho e galinha. Havia sobrado mais que meio peito dos filés anteriores. Cortei-o em cubos  coloquei tempero pronto (há alguns bem bons e equilibrados), um pouco de adobo, uma pitadinha de açúcar (retira a acidez), suco de meio limão bergamota (perguntaram-me que limão é esse e resolvi colocar uma foto deles), uma folhinha de sálvia bem picadinha e 3 dentes de alho. Deixei de molho (marinar) por cerca de meia hora. Refoguei em óleo bem quente. Acrescentei uma cebola média picada e dois tomates. Tudo bem refogado, coloquei 250 g de massa de tomate e acrescentei mais água para dar volume. Para harmonizar o sabor, 2 folhinhas de manjericão e salsinha a gosto. Fácil não? Olha o resultado:
Esse é o almoço que preparei para minha prenda.

Para que te prenda Prenda!

Limão Bergamota, Limão Cravo ou Limão Limpa-Tacho...

Cada região do Brasil tem um nome para ele.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Filés de frango.

Hoje a minha nega véia/nova pediu-me mui amavelmente: - Vá para a cozinha e prepare os filés de frango já que não fazes nada mesmo. Ah não teve dúvida, respondi no mesmo tom: - Já vou meu amorzinho, agora mesmo minha flor, a mais linda da querência. E quem disse que atitude não é tudo na vida? Assim que perdi um pouco da inspiração e estava ficando uma porcaria o almoço da minha amada.
Batendo os cascos, botei muito óleo na frigideira e logo pensei "lá vem cascudo de novo". Botei muito tempero pronto sem pimenta e com meus botões "salguei, mais um ou dois petelecos". Deixei dourar bem de um lado e de outro e para aproveitar o óleo do refogado e para tirar um pouco do sal, cortei meia cebola grande e coloquei por baixo dos filés com um pouco d'água e e caldo de meio limão bergamota. Acabou o cozimento. Desliguei. verifiquei o arroz soltinho que minha patroa fez. Provei o feijão e tava o almoço pronto.
Apresentei isso para a minha patroa:

Ainda não havia comido em todos os meus 65 quase 66 anos filé de frango acebolado. Fica o registro. Ficou muito bom. Só faltou uma novidade que o pessoal anda colocando mas que eu passo: uma a duas colheres de maionese pronta.
Filé de Peito de Frango Acebolado
Receitinha facinha facinha (até eu faço, obrigado mas faço): tempo de preparo: +- 25 min.

Filés suficientes para o número de pessoas da refeição.
Um fio de óleo suficiente para que não grude na frigideira.
Antes de colocar os filés, tempere-os com o tempero de sua preferência.
Quando virar de lado, coloque o caldo de meio limão.
Estando pronto e dourado dos dois lados, coloque a cebola e um pouco d'água para formar o molho.
Com as cebolas cozidas, desligue o fogão e acrescente, se quiser e puder, a maionese.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Ossinho "aflitivo" de porco! - Relembrança do Marcão!

Ossinho  "aflitivo"
Pois lendo o blog do Marcão, meu sobrinho, ele lembrou de uma comida que em tempos de crise a classe menos favorecida lança mão. Sabem aqueles ossinhos que sobram do desossamento dos porcos para feitura de linguiças e outros embutidos? Pois é, são comercializados a baixíssimo preço o que abre perspectivas a todos os bolsos. Pois meu pai, Bento Carvalho, chamava-os de aflitos devido a aflição dos comensais em alcançar os pedacinhos de carne grudados nos ossos - conforme a lembrança do cérebro mais jovem do sobrinho-! Bem fritinhos reservam um sabor incomparável a quem se aventura a roer-lhes! Tempero? A gosto! Sal, pimenta, adobo, chimichurri, ervas, o que quiser! Frite até dourar e soltar o osso. Sirva com mandioca (aipim, macaxeira, mandioca-mansa, mandioca-doce), polenta ou como comi hoje (para matar saudade) com o arroz soltinho e um feijão de patrão. Salada de alface com azeite de oliva e vinagre balsâmico de Módena para deixar perfeito o equilíbrio entre as calorias e a alimentação mais natural.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Arroz com galinha.

Não é risoto, risoto de gringo, arroz de forno ou frango com arroz. É galinha e arroz na mesma panela. Isto explicado, vamos ao sucedido. O Pedrinho era um amigo que volta e meia estávamos trabalhando juntos. Ele auxiliando-me e como frequentador da minha lancheria em Viamão-RS, sempre estávamos conversando sobre uma coisa que gostávamos de fazer: pescar. O sr Antônio, amigo e freguês da lancheria, sempre repetindo que se quiséssemos nos levaria em seu carro. Pois inventamos de tratar uma numas terras que margeavam o banhado que é o nascedouro do rio Gravataí. Tratava-se de um quilombo antigo, que era dirigido pelo pai do Pedrinho. Ele era o cacique e os moradores eram quase todos da mesma família com poucas exceções. Todos descendentes de antigos escravos da região de Viamão. Muito pobres, viviam de agricultura de pouca subsistência, de changas ( gauchês = tarefas, pequenos serviços), de alguma caça e de pesca no banhado.

Levei uma galinha de supermercado, dessas que vem com pés, cabeça e miúdos, um quilo de arroz e mais nada pois não conhecia o lugar e suas dificuldades e imaginava que pelo menos um mínimo de temperos haveria de ter.

Primeira decepção: não havia água no banhado! Com a falta de chuva, no mês de Janeiro, o banhado, sempre alagado, estava seco! Havia recuado uns três quilômetros. Não haveria pescaria! pois estávamos muito longe de outros pesqueiros que conhecíamos e perderíamos muito tempo para nos deslocarmos.

Resolvemos fazer o arroz com galinha ali na aldeia e surgiu a primeira dificuldade! O fogão campeiro estava sendo reformado e só estava pela metade. Teríamos que  fazer em uma fogueira no pátio! Quem já cozinhou campo à fora em bivaques ou acampamentos, sabe que não é uma tarefa fácil. Segunda dificuldade: a água barrenta era tirada de uma cacimba sem proteção alguma e com os animais dividindo-a com os humanos. Terceira dificuldade: a panela era uma daquelas que deveria estar há muito tempo reciclada em algum ferro-velho! Toda amassada e com cascão preto nas reintrâncias internas e só com uma alça. Ao perguntar se havia algum tempero na horta, me responderam que horta? A unica coisa que tinha eram limões-bergamota (tangerina).

Quase desisti de cozinhar já que me elegeram por unanimidade o cozinheiro do dia. Rapidamente comecei a tentar resolver os problemas de higiene. Resolvi que o limão ajudaria a matar micróbios e o fogo completaria o "serviço". Fechei os olhos e mãos-a-obra!

Água fervendo na chaleira, azeite quase queimando de tão quente na panela, pedaços da galinha lavados em suco de limão. Ao fritar a galinha, ao ponto de dourar, coloquei mais o caldo de um ou dois limões. Despejei o saco de um quilo de arroz e fiquei mexendo até quase passar do ponto. Água acrescentada com medida de olhos (olhômetro) e seja o que Deus quiser! 

Enquanto isso, a mãe do Pedrinho cozinhava um feijão que chamamos de feijão miúdo e que eu acredito ser o feijão-de-corda nordestino.

Como a armação de ferro tinha uma caída para o meio eu girava um quarto de circunferência de tempos em tempos, para que a cocção se desse parelha. Perguntaram-me por que fazia isso. Brincando respondi que era para a fervura ficar sempre para o lado Norte que era uma mandinga muito antiga na fronteira do Brasil com o Uruguai! Levaram a sério e até hoje fazem a "mandinga" para que os seus cozidos fiquem gostosos!

Seu Antônio achou que não estaria bom e colocou apenas duas colheres de cada comida, convidado que foi para ser o primeiro a servir-se! Ao dar a primeira garfada, voltou e serviu-se normalmente. Brincando perguntei o que houve. Foi sincero. - Pensei que tinha ficado uma bosta mas é o melhor arroz com galinha que já comi até hoje. Ao provar, concordei com ele.

Pois bem nunca mais consegui fazer igual, sequinho com o sabor da galinha sobressaindo sem ser enjoativo. Inigualável. Não foi a fome que o fez ficar bom como dizem alguns. Tenho um sentido gustativo aguçado e me permite saber quando erro na minha culinária assim como tenho certeza de que faço boas comidas também.

Se quiserem aí vai a receita:
1 Kg de arroz
1 galinha inteira com pés, couro, pescoço e miúdos
vários limões
água barrenta fervendo
sal
óleo de soja
fogo de chão fora de nível
panela encascurrada (gauchês=cheia de cascão de cozimentos antigos)
Ajuda de Deus!

terça-feira, 12 de junho de 2012

Arroz soltinho!


Ele é tudo de bom. Sendo assim soltinho, serve de base para vários tipos de refeições simples mas com aquele jeitinho caseiro que caracteriza a gama de pratos da culinária Gaúcha que é de uma riqueza ímpar.
Esta foto foi feita na cozinha de minha casa. Esse arroz não foi feito por mim, mas por minha esposa a quem credito dessa forma um dos melhores que comi na vida. Sem nenhum tempero especial a não ser o sal e o pouco óleo que caracteriza a nossa culinária de "obrigados a comer saudavelmente por problemas de saúde ou de prevenção".
Ele quebrou alguns preconceitos. O primeiro, foi que é difícil fazer arroz soltinho em fogão à lenha. O segundo é que não se pode usar panelas sofisticadas em fogão à lenha. Foi feita em panela inox de fundo triplo, sem usar o subterfúgio de abrir a tampa.
O cozimento lento não corta etapas mas permite uma constância favorável a um desempenho acima do esperado. É assim com as carnes, com o feijão, com a mandioca(macaxeira, aipim) e com o que se quiser cozinhar para aplacar a fome com uma comidinha caseira simples e saborosa.
A receita? Simples. Óleo a gosto. Duas medidas d'água para uma de arroz. Sal a gosto. Se quiser aqueça o óleo e refogue o arroz para colocar o sal e a água. Se não, coloque tudo junto, não faz diferença. Fogo não muito esperto. Alguns minutos e pronto. Retire para um lado da chapa que não esteja muito quente assim que a água desaparecer. É servir com os acompanhamentos. 

Tive um mestre na arte de cozinhar comidas simples o ex-colega Vanderlei da Procergs. Nos nossos acampamentos da Semana Farroupilha, ele conseguia cozinhar cinco quilos de arroz em um panelão, deixando-o soltinho soltinho. Minha homenagem a ele!